Um bom projeto de design de interiores deve ser equilibrado, bem pensado e livre de excessos. Ambientes luxuosos devem se valer de materiais nobres, bem aplicados e equilibrados no ambiente, não do excesso de objetos. Usando somente o necessário para cada ambiente e peças de design diferenciadas, é possível criar projetos que impactam.

Objetos existentes devem ser reaproveitados sempre que possível, afinal, uma peça antiga contém memórias e restaurada pode dar ainda mais personalidade ao espaço projetado.

Muito cuidado com as “tendências”. O projeto de um espaço deve beneficiar pessoas e também o meio ambiente. Por isso, é importante irmos além dos modismos. Como as pessoas vão usar o espaço deve ser o ponto de partida. E, a partir daí, atentar para a qualidade da luz, do ar e do som desse ambiente.

Paz e Aconchego, confira o projeto completo

A sustentabilidade no design de interiores deve priorizar o uso de recursos naturais e, assim, economizar energia e evitar desperdícios. Aproveitando as fontes de iluminação e ventilação naturais, não será necessário o uso de muita iluminação artificial, e nem equipamentos de ar condicionado, gerando economia no consumo de energia elétrica.

Outra forma de gerar economia nos consumos do dia a dia, são a especificação de produtos economizadores, como torneiras, válvulas de descarga e chuveiros que tenham sistemas de controle de água. Lâmpadas LED e com controle da intensidade da luz. São pequenos cuidados no desenvolvimento do projeto, que diminuirão o consumo de água e eletricidade. Consequentemente, gerarão menor impacto ambiental e economia no dia a dia dos usuários. Um projeto de interiores sustentável deve priorizar a especificação materiais duradouros, pois estes serão utilizados por muito tempo antes de serem descartados no meio ambiente.

Um dos materiais muito utilizado e em grande quantidade no design de interiores, são as placas de MDF – Medium Density Fiberboard ou, em português, Painel de Fibra de Densidade Média. O MDF é feito com fibras de madeira e resina sintética, resultando num material muito bonito e uniforme.

Um projeto sustentável deve se ater em especificar placas de MDF certificadas, como, por exemplo, as marcas Guararapes, Arauco e Duratex.

Certificação FSC® – Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal), que garante que os produtos são produzidos com madeira de florestas manejadas seguindo rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos. A certificação do ISO 14001 – International Organization for Standardization, que comprova que a empresa segue padrões internacionais de gestão ambiental, atuando de acordo com a legislação ambiental sem impactar ao meio ambiente em nenhuma etapa do processo de fabricação ou em atividades associadas a ele. Selo Carbono Neutro, Certificado CARB2 e outros certificados que garantem que os painéis são produzidos com baixas emissões de formaldeídos. Estas são algumas das certificações que garantem que o produto é sustentável e saudável aos usuários.

Na especificação dos móveis e decoração, observar a qualidade das peças e não somente o seu custo, pois itens de baixa qualidade tendem a ser descartáveis, gerando lixo em excesso.

Preferir produtos produzidos com materiais recicláveis. Sempre que possível, renovar e reformar, ao invés de fazer tudo novo. São práticas simples que evitam o desperdício e diminuem a produção desnecessária de resíduos.

Priorizar a especificação de produtos desenvolvidos a partir de materiais naturais, observando se foram extraídos de forma certificada. O profissional designer de interiores, deve pesquisar os processos de produção do fabricante e garantir que o produto tenha realmente um “selo verde” e ficar atento, pois a indústria tem se dedicado ao reaproveitamento de insumos e à reciclagem. Hoje encontramos tecidos produzidos a partir do plástico encontrado nos oceanos. E também móveis feitos com sobras de madeira da indústria. Projetos que devem ser estimulados sempre e, os profissionais do design de interiores podem colaborar neste processo, simplesmente priorizando a especificação destes produtos.

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