Passamos 1/3 de nossas vidas dormindo. 

Esta afirmação nos leva a uma reflexão mais profunda. Uma reflexão de quanto o ambiente dormitório pode interferir na qualidade do nosso sono e da nossa vida.

O quarto merece uma atenção muito especial no projeto de uma casa/apto. É o lugar onde iniciamos e encerramos o nosso dia. É um ambiente que interfere diretamente na nossa qualidade de vida.

Este espaço deve ser projetado pensando não só no conforto, mas também na saúde do usuário. Cores, móveis, revestimentos e objetos, podem afetar a saúde física e emocional da pessoa.

Fazer o curso para a certificação profissional no HBC, estudar Feng Shui, design biofílico e me especializar em Neuroarquitetura, trouxeram-me um olhar muito mais consciente e responsável ao desenvolver um projeto de uma casa como um todo, mas, uma atenção muito especial aos dormitórios.

“Não existe moradia neutra. Ou a sua moradia está promovendo saúde ou ela está promovendo enfermidade.”

Projeto por Cintia Schlindwein
Projeto por Cintia Schlindwein

“Mudanças no espaço modificam nosso cérebro, portanto, mudanças no espaço modificam o nosso comportamento.”

Fonte: HBC Healthy Building Certificate

Em todas as fases da vida, o dormitório é, indiscutivelmente, o refúgio onde o indivíduo se encontra consigo mesmo, é o ambiente mais íntimo de cada um dentro de um lar. É neste espaço que repousamos, repomos nossas energias, vivemos nossos momentos mais íntimos, curamos nossas dores e guardamos nossos pertences pessoais mais significativos. Cada projeto é único e além de respeitar a individualidade de cada habitante, deve também atender às necessidades de cada fase da vida.

O projeto para um quarto de bebê, deve ser pautado num universo de estímulos e descobertas. O pequeno deve encontrar neste lugar fontes de desenvolvimento, segurança, acolhimento e tranquilidade, nesta primeira fase da vida. É essencial que quarto possibilite experiências diversas e estimule a independência do bebê, para que o usuário mirim goste do lugar e se divirta nele.

Importante atentar para o fato de que o bebê cresce rápido e que o quarto deve ser facilmente adaptado para uma nova fase, onde a criança vai crescendo e recebendo novos estímulos, sempre de forma saudável e segura.

 

Na fase da pré-adolescência, o dormitório deve acolher este ser que vive uma transição e sentimentos adversos. É o mesmo espaço que acolhe uma criança, que gosta de brincar de boneca ou com carrinhos, e o(a) adolescente que escolhe o look para o próximo dia de aula. O adolescente busca identidade, auto afirmação, e o quarto deve ser personalizado de acordo o seu habitante. A decoração deve respeitar suas necessidades.

Adultos, normalmente buscam dormitórios mais voltados para o descanso e relaxamento, já que após um dia de trabalho e concentração, precisam recarregar suas energias durante a noite. 

Mas nunca é uma regra. A regra é atender às necessidades de cada indivíduo único, com um projeto único.

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