Quando se trata de ambiente residencial, relaciona-se diretamente com moradia e a residência e essas duas palavras se relacionam a um outro conjunto de palavras, muito comum no nosso cotidiano, entre elas existe a casa, o lar, a habitação, o doméstico e a utilização relaciona-se conforme o local e contexto. Destaca-se, porém, que independentemente da palavra utilizada, importante é a sua representação, ou seja, espaço para habitação.

O espaço residencial pertence a uma das necessidades básicas humanas e com tal torna-se necessário para que se atinja o bem-estar psicológico e a autorrealização. Eis, então, a necessidade de se trabalhar os aspectos culturais, sociodemográficos e psicológicos na realização de qualquer projeto, principalmente os residenciais. 

 

O Papel Psicológico do Espaço Residencial

O espaço residencial, tem assumido um papel muito importante, pois além de ser um espaço íntimo, é um espaço de acolhimento, de recolhimento, de calma e de paz, onde o homem pode relaxar e se sentir protegido. Com estas ideias, é possível, ao se elaborar um projeto, chegar o mais perto possível do perfil do interessado no projeto.

A casa é um lugar onde o indivíduo guarda a sua identidade. É um lugar de pertencimento, de paz, de abrigo. A casa deveria sempre representar uma experiência de conforto, acolhimento e proteção. O ambiente residencial é o “centro” do mundo, é o espaço territorial inviolável da paz, separando o morador da inquietude do mundo lá fora, é um território de abrigo e proteção. É no ambiente familiar que as pessoas se remetem ao aconchego, aos encontros e dissabores da vida em família, às memórias e a preservação da identidade.

 

A Importância do Conforto no Ambiente Residencial

Tratando-se de ambiente residencial, o conforto é uma sensação subjetiva, pessoal, percebida de forma diferente por cada usuário, de acordo com suas memórias, vivências e cultura. Isso porque é uma palavra que vem associada com a ideia de qualidade de vida, felicidade, bem-estar que são adjetivos positivos e buscados ou almejados por todos, mas que não possui uma definição objetiva, concreta e única que o defina e sim um rol de ideias ou objetos ou ainda sensações que podem manifestar este contexto.

Cabe ao arquiteto ou designer de interiores perceber o que o cliente entende por conforto, por qualidade de vida e, a partir desta percepção, proporcionar a melhor experiência aos usuários dos espaços habitados.

Isto por si só, demonstra a dificuldade em conceituá-lo. Mais fácil é caracterizá-lo. O conforto tem um lugar, o ambiente residencial. É nele que queremos a nossa zona de conforto e acolhimento.

Projeto executado em Balneário Camboriú-SC.

 

Elementos Sensoriais e Físicos do Conforto Residencial

O conforto se confunde com sensação de felicidade, com qualidade de vida, com sensação de bem-estar e comumente associado a questões meramente físicas, mas sabe-se com muita plenitude e certeza que experiências sensoriais e sensações também compõem e contribuem na produção do conforto. Destacam que essa sensação ou estado ‘bem-estar” independe de classes social, crença ou saberes.  

Outro elemento necessário de se ressaltar é que para se atingir o conforto torna-se necessário levar em consideração o contexto do local, juntamente com os conceitos básicos de conforto térmico, luminoso e acústico e um estudo sobre o clima local da cidade onde está inserido. Isto porque o conforto pode ser determinado de acordo com as condições e necessidades de cada pessoa ou grupo em que está inserido. 

Ou seja, conforto em Arquitetura vem representar uma projeção, ou a realização de um projeto em que se proporciona benefícios que afetam não só aos usuários/permanentes, mas também a todos aqueles que se achegarem ao espaço projetado, sejam os amigos, vizinhos, população ou até mesmo a cidade toda que serão beneficiados com melhor qualidade de vida, ou menor custo de energia, melhor umidade do ar, ou melhor temperatura da cidade, ou ainda menor impacto para o meio ambiente.  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *